O presente relato nasce de um projeto pedagógico desenvolvido na Aldeia Tupinikim de Comboios, município de Aracruz- ES, durante a disciplina Projetos de Pesquisa e Prática Pedagógica – PPPP III, no curso de Licenciatura Intercultural Indígena Tupinikim e Guarani, do Programa de Licenciaturas Indígenas – PROLIND, oferecido pela Universidade Federal do Espírito Santo – UFES. O projeto teve como objetivos: Pesquisar com os mais velhos os tipos de trançados, colaborando na reafirmação cultural do nosso povo Tupiniquim; Reconhecer os (...) tipos de trançados Tupiniquim; Confeccionar alguns tipos de trançados; Produzir textos coletivos a partir dos trançados e analisar o processo de letramento a partir de atividades contextualizadas. O projeto se apoiou metodologicamente na pesquisa-ação com intuito de identificar as técnicas e manuseios dos trançados Tupinikim, construindo momentos de partilhas com os anciãos e intercâmbios entre outras aldeias Tupinikim. (shrink)

O artigo propõe analisar o problema da técnica moderna trabalhada pelo filósofo alemão Martin Heidegger em sua crítica a modernidade e à metafísica, elencando a questão da verdade, não metafísica, para Heidegger: alétheia. A questão da técnica nos leva a problemática de sua própria essência ge-stell, interpelação, o mundo, o ser humano e a natureza são forçados a se mostrarem como reservas, estoques, de acordo com sua demanda meramente econômica, científica, comercial, o próprio ser em sua essência é esquecido. O (...) artigo tem como método a análise bibliográfica de obras heideggerianas, sob objetivo de indagar sobre a essência da técnica moderna como interpelação que nos leva a um crescente perigo do esquecimento do ser, e, também, da degradação da própria natureza tida como mero objeto de armazenamento de recursos; assim como refletir sobre a necessidade do mistério como faceta constituinte da verdade do ser como alétheia, desvelamento, como forma de dar um passo atrás em relação à modernidade e sua visão matematizante científica, elevando o pensamento meditativo como de considerável importância. O artigo conclui que é necessário repensar nossa lida moderna com o próprio habitar, de forma a dar um salto da lógica tecnicista, onde se encontra o perigo, e estando no mesmo local des-velar um habitar mais próprio, autêntico. (shrink)

O presente artigo aborda a crítica de Husserl à doutrina do naturalismo. Mais precisamente, o artigo concentra-se em dois pontos principais: o primeiro aborda o contrassenso teórico inerente ao projeto de fundamentação das ciências na doutrina naturalista, reduzindo o mundo a uma realidade de fatos naturais; ao passo que o segundo trata dos perigos que esta doutrina representa para a cultura e, em especial, para a formação da mentalidade do homem europeu. Ao final, o artigo evidencia a inseparabilidade de tais (...) aspectos da crítica ao naturalismo no itinerário husserliano. (shrink)

Il brano del "Fedro" (269el-270c5) in cui è menzionato Ippocrate e il suo metodo è uno dei più controversi dell'opera platonica. Alcuni studiosi si sono serviti degli scolî antichi al dialogo, tramandati sotto il nome del neoplatonico Ermia (V sec. d. C.), per sostenere che il metodo in questione non implica un'indagine preliminare dell'universo. È tuttavia utile (oltreché finora intentato) ripercorrere quanto l'esegeta neoplatonico dice a proposito dell'intero brano in questione per constatare come egli, al contrario, ne fornisca un'interpretazione cosmologica, (...) sulla base della significazione tecnica di ἡ ὅλη ψυχή come "anima dell'universo". In ogni caso l'esegesi di Ermia risulta essere non una semplice parafrasi grammaticale del testo platonico, ma anche una sua riformulazione filosofica nei termini della dottrina neoplatonica, la quale è estremamente complessa anche nel caso dell'anima umana. (shrink)

J. F. C. Harrison has written that ‘for each age there is a new view of Mr Owen’, which is proof of the fertility and continuing relevance of his ideas. Not just in Britain and America but today around the world anti-poverty campaigners, birth-controllers, collectivists, communitarians, co-operators, ecologists, educationalists, environmentalists, feminists, humanitarians, internationalists, paternalistic capitalists, secularists, campaigners for social justice, trade unionists, urban planners, utopians, welfare reformers can all find something to admire and inspire in the treasure trove that is (...) the thought and actions of Robert Owen. Owen was a creative genius of global significance, a radical writer and activist of international reputation and reach who has inspired those seeking to change human society for the better. The contributors to this volume include not only many of the recognized experts on the life, work and legacy of Owen, but also work from younger scholars or scholars coming to the field afresh. The volume presents the most recent and original research on Owen. Owen notoriously (and impressively) dabbled in many spheres, and this is reflected in the its breadth of content. The unifying themes are Owen’s profile in his own time, and the relevance of his ideas for the generations that followed. His importance for educational and social philosophy, for political economy and for the political theory of socialism are all discussed, as are his contribution as a philanthropic employer, his political activities and the specificities of his historical context. (shrink)

Entendemos a Educação Infantil em amplo sentido, isto é, há um leque de conceitos em que pode-se gozar dentro da Pedagogia e as Ciências da Educação, é nessa modalidade de ensino que podem-se englobar todas as esferas educativas vivenciadas pelas crianças de, conforme Lei, 0 à 5 anos de idade, pela família e, também, pelo próprio corpo social, antes mesmo de atingir a idade educativa obrigatória que é, vide Lei, aproximadamente a partir dos 7 anos de idade. A EI também (...) pode ser considerada como uma das mais complexas fazes do desenvolvimento humano, em diversas esferas, seja ela a intelectual, emocional, social, motora, psicomotora, etc. uma vez que tratam-se de crianças que, muitas vezes, têm o primeiro contato com um novo ambiente, que é o ambiente escolar. Diante disso, torna-se primordial a inserção das crianças em berçários, creches e Educação Maternal, também denominado de pré-escola, para que as mesmas interajam entre seus semelhantes e comecem a aproximar-se da vida social e educacional, estando preparadas para uma nova etapa educacional. Mediante essa perspectiva da vida psicopedagógica das crianças, Kuhlmann Júnior ressalta que: Pode-se falar de “Educação Infantil” em um sentido bastante amplo, envolvendo toda e qualquer forma de educação da criança na família, na comunidade, na sociedade e na cultura em que viva (2003. p. 469). -/- Mediante a análise de Kuhlmann, logo, a EI designa a periodicidade regular a uma entidade educativa exterior ao domicílio, isto é, trata-se do lapso da vida escolar em que se volta-se, pedagogicamente, ao público entre 0 e 5 anos de idade no Brasil; vale salientar que nessa idade entre 0 e 5 anos, as crianças não estão submetidas a obrigatoriedade do ingresso na vida escolar. A Constituição brasileira de 1988 define no Título VIII (Da Ordem Social), Capítulo III (Da Educação, da Cultura e do Desporto), Seção I (Da Educação), Artigo 208 que: O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: Inciso IV – educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade. (Constituição Federal, 2016. p. 63). -/- A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, especificamente a Lei 9394/96, denomina a Creche como sendo a entidade responsável por promover o primeiro contato das crianças com o ambiente escolar, a idade é determinada como sendo de 0 a 3 anos de idade (Artigo 30. Inciso I). Também denomina de pré-escola a instituição responsável pelo ensino de crianças entre 4 e 6 anos de idade (Artigo 30. Inciso II). Não obstante, mediante Lei 11274/06 que reedita o Artigo 32 da Lei 9394/96, o ensino fundamental passou a ser de 9 (nove) anos de idade e não mais de 8 (oito), logo, as crianças que com 6 (seis) anos de idade não eram submetidas a obrigatoriedade do estudo, passaram a fazer parte da conformação obrigatória, isto é, elas já não fazem mais parte do ensino eletivo ou optativo da pré-escola e sim do ensino fundamental obrigatório. -/- Dito isto, a LDB diz na Seção II (Da Educação Infantil) e no Artigo 29 que a Educação Infantil é tida como a primeira etapa da Educação Básica, e tem por objetivo, a promoção e o favorecimento do desenvolvimento integral da criança de 0 à 5 anos de idade, nos mais variados aspectos possíveis, sendo eles o físico, psicológico, intelectual e social, sendo mais que uma complementação da instrução familiar e da sociedade (BRASIL, 2005. p. 17). Seguindo a linha teórica acerca das crianças, o Artigo 30, da mesma, ressalta que a EI será promovida por meio de creches para crianças de 0 a 3 anos e em pré-escolas para o público entre 4 e 5 anos de idade, como enaltecido supracitadamente. No que se refere a avaliação, no Artigo 31 esse processo será feito porventura do acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem que haja quaisquer tipos de promoção, mesmo que vise o acesso ao Ensino Fundamental. -/- Vale enfatizar que essa modalidade de ensino tem uma finalidade pedagógica, um trabalho que se apropria da realidade e dos conhecimentos infantis como estopim e os amplia mediante atividades que tem uma certa significação concreta para a vida dos infantes e, isocronicamente asseguram a aquisição de novos conhecimentos. Doravante e por meio dessa perspectiva, é imprescindível que o educador da EI preocupe-se com o arranjo e aplicação dos trabalhos fazendo, assim, uma contribuição para a ascensão do infante de 0 a 5 anos. -/- O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil de 1998 ressalta que deve-se levam em conta que os infantes são distintos entre si, isto é, que cada um possui um ritmo peculiar de aprendizagem. Dito isto, o educador deverá preparar-se para promover aos educandos uma educação alicerçada na condição de aprendizagem peculiar de cada um deles, considerando-se bastante singulares e com particularidades. Para isso, o governo deverá fornecer um alicerce na formação dos educadores, preparando-os para enfrentar esse mundo repleto de dificuldades mas, no fim, de uma extensa realização pessoal e profissional. Ante as características peculiares dos ritmos das crianças, o grande desafio que ora implica na EI é com que os profissionais consigam compreender, conhecer e reconhecer o jeito peculiar dos infantes serem e estarem inseridos no mundo. O RCN da modalidade EI ainda explicita que a entidade promovente da EI deve tornar acessível a todos os infantes que ora frequentam-no, indiscriminadamente, elementos culturais que enriquecem a ascensão e a inserção social dos mesmos. -/- A EI é caracterizada, historicamente, pelo assistencialismo reduzido e a um recinto que vise, primordialmente, os cuidados com os infantes. Ao passo dos anos, e diversas metamorfoses ocorridas nas tendências educacionais, passou a ser teorizada como um simples processo educativo. -/- Paulo Freire (1921-1997) já alertava que: Quando se tira da criança a possibilidade este ou aquele espaço da realidade, na verdade se está alienando-a da sua capacidade de construir seus conhecimentos. Porque o ato de conhecer é tão vital quanto comer ou dormir; e eu não posso comer por alguém (FREIRE, 1983. p. 36). Logo, nesse contexto é sumamente impossível desassociar os termos cuidar e o educar, eixos cêntricos que dão características peculiares na constituição do espaço e do ambiente escolar nesse lapso da educação. Doravante, contradizendo ao que muitos ainda pensam o cuidar e o educar não remetem à perspectiva assistencialista e ao processo de ensino e aprendizagem dos mesmos, uma vez que ambos complementam-se, além de integrarem-se para uma melhor promoção do desenvolvimento do infante, no que se refere à edificação de sua autonomia e totalidade. -/- O infante carece de cuidados básicos no que se refere à saúde, os quais pode ser obtido mediante uma alimentação saudável e balanceada, assepsia, educação física, momentos de ópio, entre outras inúmeras situações peculiares à crianças e que exigem do educador uma atenção especial em relação aos cuidados com a criança. Todavia, é primordial que o profissional da EI desenvolva um trabalho educacional voltado ao favorecimento e a condução para a descoberta e edificação de sua identidade, apropriando-se de saberes necessários à constituição da autonomia tanto do infante, que ora se torna imprescindível quanto do próprio educador. -/- No que tange a afetividade na EI, falamos de uma constituição do cenário contemporâneo dos ambientes escolares e que, no futuro, tornara-se sumamente imprescindível algum marco ou lapsos que persistem e poderão persistir na educação futura do fundamental e até mesmo do médio ou ensino universitário, principalmente questões de vivência com os outros. Compreensão do outro, desenvolvimento de projetos, percepção da interdependência, de não à quaisquer tipos de violência, administração de possíveis conflitos, descoberta do outro, participação em projetos comuns, prazer no esforço alheio, cooperativada são essenciais nesses primeiros anos escolares e, para que isso torne-se realidade, é necessário que se abra um leque de possibilidades para o futuro mediante a formação atual dos educadores, logo com um alicerce maior em suas formações, o educador(a) estará preparado para atuar frente ao infante, unindo esse lapso fundamental de sua vida dos primeiros anos escolares. -/- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -/- BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, 2016. -/- _______. Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei 9394/1996. Brasília, 2005. -/- _______. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. -/- FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 17ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 1983. -/- KUHLMANN JR., M.. Educando a infância brasileira. In: LOPES, E. M. T.; FILHO, L. M. F.; VEIGA, C. G. (Org.). 500 anos de educação no Brasil. 4ªed. Belo Horizonte: Autêntica, 2008. -/- LEÃO, J. L. de S. Educação Infantil no Brasil: Algumas Considerações. In: LEÃO, J. L. de S. O processo de inclusão escolar na educação infantil sob a ótica de assessoras pedagógicas da Secretaria Municipal de Educação do Natal/RN. 2008. Trabalho de conclusão de curso (Licenciatura em Pedagogia) – Centro de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2018. p. 18. (shrink)

A partire dalla definizione di cura elaborata insieme a Berenice Fischer, si argomenta come la cura sia un importante strumento concettuale per qualunque genere di teoria politica. Ciň che diviene essenziale č un'analisi delle dimensioni della cura, delle dinamiche di potere insite in ogni relazione di cura, nonché del piů ampio contesto che modella tali preoccupazioni. L'articolo tratteggia, nello specifico, i caratteri essenziali del rapporto fra cura e politica democratica, che postula la ricerca di una riduzione delle asimmetrie nelle relazioni (...) di cura. Affinché i cittadini democratici svolgano bene i compiti di cura e in un modo compatibile con la vita democratica, essi devono immaginarsi allo stesso tempo sia come soggetti che forniscono cura sia come soggetti che la ricevono. Il grande passo da compiere č dunque avvedersi che l'espressione to care significa sempre sia dare sia ricevere cura e solo quando ciň sarÀ stato pienamente compreso si sarÀ in grado di elaborare una teoria democratica davvero inclusiva che riconosca alla cura il suo giusto posto. (shrink)

Western societies today are coming unmoored in the face of an earth-shaking ethical and cultural paradigm shift. At its core is the question of what it means to be human and how we are meant to live. The old answers are no longer accepted; a dizzying array of options are offered in their stead. Underpinning this smorgasbord of lifestyles is a thicket of unquestioned assumptions, such as the separation of gender from biological sex, which not so long ago would have (...) been universally rejected as radical notions. In the spring of 2019, a group of Orthodox Christian scholars drawn from a wide variety of academic disciplines met together to offer responses to the moral crisis our generation faces, elaborating upon its various forms and facilitating a fuller understanding of some of its theological and philosophical foundations. In doing so they offer support to all those who question the claims that are so forcefully insisted upon today--a clarity that will aid them in standing up and resisting trends that have already shown to be the cause of great suffering and unhappiness. (shrink)

‘Mysticism means to isolate the eternal from the originated.’ This is not my definition of the word ‘mysticism’ but that of the founder of the ‘orthodox’ school of Muslim mysticism, Al-Junayd of Baghdad who flourished in the ninth century a.d . In actual fact it is not a definition of mysticism at all but of the Arabic word tawḥīd which means primarily ‘the affirmation of unity’; and that surely is an essential ingredient of any form of mysticism: it is the (...) affirmation through personal experience of unity either absolutely or in some qualified sense. (shrink)

As everyone knows, since the end of the Second World War there has been a sensational revival of interest in the non-Christian religions particularly in the United States and in this country. The revival has taken two forms, the one popular, the other academic. The first of these has turned almost exclusively to Hindu and Buddhist mysticism and can be seen as an energetic reaction against the dogmatic and until very recently rigid structure of institutionalised Christianity and a search for (...) a lived experience of the freedom of the spirit which is held to be the true content of mysticism, obscured in Christianity by the basic dogma of a transcendent God, the ‘wholly Other’ of Rudolf Otto and his numerous followers, but wholly untrammelled by any such concept in the higher reaches of Vedanta and Buddhism, particularly in its Zen manifestation. On the academic side the picture is less clear. There is, of course, the claim that the study of religion, like any other academic study, must be subjected to and controlled by the same principles of ‘scientific’ objectivity to which the other ‘arts’ subjects have been subjected, to their own undoing. But even here there would seem to be a bias in favour of the religions of India and the Far East as against Islam, largely, one supposes, in response to popular demand. (shrink)

Early in World War I, Virginia Woolf wrote these words: ‘The future is dark, which is on the whole, the best thing the future can be […]’. It is tempting to assume that darkness simply hides the unknown and the threatening. It is more challenging to think of it as Woolf did: rich with possibility in even the most desperate times.We live in what many would readily describe as dark times. These times have brought (among much else) a once-in-a-century public (...) health crisis, the continued redemption of toxic white supremacy, declining trust in and support for public institutions, and growing evidence of impending climate devastation. ‘Dark Futures’ will consider some of the scenes of this devastation and mine them for insights into our predicaments and our prospects. (shrink)

La révolution par d’autres moyensLa politique féministe en tant que réinstitution dans la pensée de Merleau-PontyCet essai est une tentative pour surmonter l’impasse qui a été relevée par de nombreuses critiques féministes de Merleau-Ponty, à savoir que sa dernière ontologie bloque certaines perspectives de changement politique. De fait, comme le soutenait Luce Irigaray, l’ontologie de la chair semble être un discours normalisant et totalisant dépourvu de toute différence. « Il n’y a pas d’Autre, écrit-elle, pour garder le monde ouvert ». (...) Étant donné que Merleau-Ponty développe une ontologie qui opère en amont du niveau des personnes et des choses proprement dites, on a souvent supposé prima facie que les projets féqministes, qui cherchent à fournir des fondements pour éliminer l’oppression basée sur le genre, n’y ont rien à faire.Malgré la longue tradition de débat féministe avec la centralisation du corps dans des textes tels que la Phénoménologie de la perception, je cherche ici à rediriger les philosophes féministes vers la dernière ontologie de Merleau-Ponty. Je le fais en lisant son ouvrage politique trop souvent négligé, Les aventures de la dialectique, ainsi que les notes de cours, récemment traduites en anglais, de l’année 1954-1955 sur L’institution et la Passivité. Non seulement, ces textes émergent à un moment critique dans le corpus merleau-pontien, mais encore, ils contiennent des possibilités politiques qui résultent de ce moment particulier. Dans ces textes et à travers eux, je propose une réexamen de l’engagement féministe dans l’oeuvre de Merleau-Ponty, libéré du discours sur le corps et dirigé, en revanche, vers un désir de changement politique enraciné dans le cadre institutionnel que l’on pourrait appeler aussi l’« intermonde ». Pour ce faire, lepremier pas, comme je le montre dans cet essai, est de prendre au sérieux le concept de “revolution” et ses développements dans l’ensemble du corpus merleau-pontien.La rivoluzione con altri mezziLa politica femminista come reistituzione nel pensiero di Merleau-PontyQuesto saggio è un tentativo di chiarire come molte critiche rivolte a Merleau-Ponty da parte del femminismo rischino di condurre in un vicolo cieco. Il problemafondamentale è il seguente: se la tarda ontologia di Merleau-Ponty precluda, o meno, le strade del cambiamento politico. Effettivamente, come Luce Irigaray ha argomentato, l'ontologia della carne sembra essere un discorso tristemente normalizzatore e totalizzatore della differenza. “Non [c'è] nessun Altro,” scrive Irigaray, “capace di tenere il aperto mondo.” Dato che Merleau-Ponty sviluppa un'ontologia che opera al di sotto del livello delle persone e delle cose, molti hanno presunto prima facie che i progetti femministi, che si mettono in cerca di una fondazione in grado di cancellare l’oppressione basata sull’identità di genere, non possano in alcun modo appartenerle.Nonostante l’ormai lunga serie di critiche che il femminismo ha mosso all’accentramento del corpo che Merleau-Ponty opererebbe in testi come Fenomenologia della Percezione, cercheremo in questa sede di reindirizzare il pensiero femminista verso la tarda ontologia di Merleau-Ponty a partire da un suo testo politico largamente trascurato, Avventure della dialettica, e dalle notes de cours del 1954-1955, recentemente tradotte col titolo Istituzione e Passività. Questi testi non solo emergono ad una svolta critica nel corpus di Merleau-Ponty, nel corso della quale egli muove dal primato della percezione alla dimensione dell’istituzione, ma contengono possibilità politiche direttamente derivanti da questo slittamento teorico. È in questi testi e attraverso questi testi che proponiamo di riavviare il dibattito femminista su Merleau-Ponty, mostrando come il pensatore francese risulti, in questa fase della sua opera, libero dai vincoli del discorso sul corpo e incamminato in direzione di un pensiero del cambiamento politico radicato nella struttura istituzionale di quello che potremmo chiamare l’“intermondo.” Il primo passo per fare questo, come mostreremo in questo saggio, consiste nel prendere sul serio il concetto di rivoluzione ed i suoi sviluppiall’interno dell’intero corpus merleau-pontyano. (shrink)

La révolution par d’autres moyensLa politique féministe en tant que réinstitution dans la pensée de Merleau-PontyCet essai est une tentative pour surmonter l’impasse qui a été relevée par de nombreuses critiques féministes de Merleau-Ponty, à savoir que sa dernière ontologie bloque certaines perspectives de changement politique. De fait, comme le soutenait Luce Irigaray, l’ontologie de la chair semble être un discours normalisant et totalisant dépourvu de toute différence. « Il n’y a pas d’Autre, écrit-elle, pour garder le monde ouvert ». (...) Étant donné que Merleau-Ponty développe une ontologie qui opère en amont du niveau des personnes et des choses proprement dites, on a souvent supposé prima facie que les projets féqministes, qui cherchent à fournir des fondements pour éliminer l’oppression basée sur le genre, n’y ont rien à faire.Malgré la longue tradition de débat féministe avec la centralisation du corps dans des textes tels que la Phénoménologie de la perception, je cherche ici à rediriger les philosophes féministes vers la dernière ontologie de Merleau-Ponty. Je le fais en lisant son ouvrage politique trop souvent négligé, Les aventures de la dialectique, ainsi que les notes de cours, récemment traduites en anglais, de l’année 1954-1955 sur L’institution et la Passivité. Non seulement, ces textes émergent à un moment critique dans le corpus merleau-pontien, mais encore, ils contiennent des possibilités politiques qui résultent de ce moment particulier. Dans ces textes et à travers eux, je propose une réexamen de l’engagement féministe dans l’oeuvre de Merleau-Ponty, libéré du discours sur le corps et dirigé, en revanche, vers un désir de changement politique enraciné dans le cadre institutionnel que l’on pourrait appeler aussi l’« intermonde ». Pour ce faire, lepremier pas, comme je le montre dans cet essai, est de prendre au sérieux le concept de “revolution” et ses développements dans l’ensemble du corpus merleau-pontien.La rivoluzione con altri mezziLa politica femminista come reistituzione nel pensiero di Merleau-PontyQuesto saggio è un tentativo di chiarire come molte critiche rivolte a Merleau-Ponty da parte del femminismo rischino di condurre in un vicolo cieco. Il problemafondamentale è il seguente: se la tarda ontologia di Merleau-Ponty precluda, o meno, le strade del cambiamento politico. Effettivamente, come Luce Irigaray ha argomentato, l'ontologia della carne sembra essere un discorso tristemente normalizzatore e totalizzatore della differenza. “Non [c'è] nessun Altro,” scrive Irigaray, “capace di tenere il aperto mondo.” Dato che Merleau-Ponty sviluppa un'ontologia che opera al di sotto del livello delle persone e delle cose, molti hanno presunto prima facie che i progetti femministi, che si mettono in cerca di una fondazione in grado di cancellare l’oppressione basata sull’identità di genere, non possano in alcun modo appartenerle.Nonostante l’ormai lunga serie di critiche che il femminismo ha mosso all’accentramento del corpo che Merleau-Ponty opererebbe in testi come Fenomenologia della Percezione, cercheremo in questa sede di reindirizzare il pensiero femminista verso la tarda ontologia di Merleau-Ponty a partire da un suo testo politico largamente trascurato, Avventure della dialettica, e dalle notes de cours del 1954-1955, recentemente tradotte col titolo Istituzione e Passività. Questi testi non solo emergono ad una svolta critica nel corpus di Merleau-Ponty, nel corso della quale egli muove dal primato della percezione alla dimensione dell’istituzione, ma contengono possibilità politiche direttamente derivanti da questo slittamento teorico. È in questi testi e attraverso questi testi che proponiamo di riavviare il dibattito femminista su Merleau-Ponty, mostrando come il pensatore francese risulti, in questa fase della sua opera, libero dai vincoli del discorso sul corpo e incamminato in direzione di un pensiero del cambiamento politico radicato nella struttura istituzionale di quello che potremmo chiamare l’“intermondo.” Il primo passo per fare questo, come mostreremo in questo saggio, consiste nel prendere sul serio il concetto di rivoluzione ed i suoi sviluppiall’interno dell’intero corpus merleau-pontyano. (shrink)

El presente artículo se propone abordar la obra de Adam Smith con el objeto de identificar una posible “teoría sobre la igualdad” en el corpus del filósofo escocés. Nuestro planteamiento cuestiona el ideario colectivo en torno a este autor, según el cual se lo caracteriza como cercano al anti-igualitarismo de ciertas corrientes liberales. Basándonos en investigaciones hechas en los últimos años por algunos estudiosos de Smith, expondremos argumentos e ideas presentes en su obra que se pueden asociar a posiciones igualitaristas (...) y que muestran que su postura sobre este tema es más compleja de lo que se cree. En esta línea, con el fin de evidenciar la posición de Smith acerca de la igualdad, presentaremos su concepción sobre el surgimiento de la desigualdad y ciertas ideas plasmadas en La Riqueza de las Naciones y en Teoría de los Sentimientos Morales relevantes para la discusión. En esta tarea, tomaremos como principal referente el trabajo de Samuel Fleischacker, cuya interpretación de Smith -que será complementada con análisis propios- tenemos también el objeto de difundir. (shrink)

Filozofické pojednání vysvětluje z hlediska marxistického pojetí dějin základní otázky společenského dění, úlohu materiálních činitelů ve vývoji společnosti, protiklad materiálního a ideálního ve společnosti. Druhé vydání je upraveno s přihlédnutím ke kritickým připomínkám.

O objectivo principal deste artigo consiste em chamar a atenção para os problemas levantados pela ausência de quaestiones anexas a Metafísica XII. Partindo de uma série de remissões explícitas para temas a desenvolver no contexto daquele escrito aristotélico, feitas por Fonseca em vários passos que ocorrem nos tomos I, II e III dos seus Comentários à Metafísica de Aristóteles, constata-se que era intenção sua desenvolver, naquele lugar, temas ligados ao discurso filosófico sobre Deus, seus atributos, omnipotência e librerdade divinas, (...) contingência bem como tudo o que se refere às "substâncias separadas". Insto indica claramente que a metafísica de Fonseca se encontra inacabada no sentido em que não chegou a ser publicado o texto sobreum núcleo doutrinal importante, projectado desde o início da redacçã dos CMA para ser publicado no quarto tomo. Este facto deve ser tido em consideração em qualquer tentativa de interpretação global do pensamento de Fonseca e, sobretudo, na comparação com outras ontologias efectivamente acabadas, no sentido indicado. Suárez é o caso mais óbvio mas não o único. /// L'objectif principal de cet article consiste à attirer l'attention sur les problèmes posés par l'absence de quaestiones annexes à la Métaphysique XII. En partant d'une série de renvois explicites vers des thèmes à développer dans le contexte de cet écrit aristotélicien, renvois faits par Fonseca à plusieurs endroits des tomes 1, 2 et 3 de ses Commentaires à la Métaphysique d'Aristote, on constate que son intention était de développer, à cet endroit, des thèmes liés au discours philosophique sur Dieu, sur ses attributs, toute-puissance et liberté divines, à la contingence ainsi qu'à tout ce qui se rapporte aux "substances séparées". Cela signifie clairement que la Métaphysique de Fonseca se trouve inachevée au sens où n'a pas réussi à être publié le texte sur un point doctrinal important projeté dès le début de la rédaction des C.M.A. pour être publié dans le quatrième tome. Ce fait doit été tenu en ligne de compte dans toute tentative d'interprétation globale de la pensée de Fonseca et, surtout, dans comparaison avec d'autres ontologies effectivement achevées, au sens indiqué. Suarez est le cas le plus net, mais non le seul. /// This paper starts from the fact that the 4th volume of Fonseca's Commentariorum in Meiaphysicorum Aristotelis Stagiritae libros (CMA) contains no quaestiones to Met. XII. An analysis of several explicit remissions to topics and questions to be developed in the context of that Aristotelian script (Met. XII), made by Fonseca in several places in volumes I, II and HI of his CMA, reveals that his project was, from the beginning, to develop in the IV volume the subjects related to the philosophical discourse about God, divine attributes, omnipotence and freedom, contingency as well as to the 'separate substances'. This indicates clearly that the metaphysics of Fonseca remained unfinished given the fact that the text on an important thematic cluster was not published not withstanding the inclusion of such text in the original project of Fonseca. It is sustained that this fact should be taken in due consideration in any global interpretation of Fonseca's thought as well as in any comparison with other (finished) ontologies. Suárez is the most obvious case but not the only one. (shrink)

O objectivo do artigo é analisar a concepção de contrato social expressa no An Essay Concerning the True Original Extent, and End of Civil Government, e a concepção que do mesmo tema apresenta Burke nas Reflections on the Revolution in France e no Appeal from the New to the Old Whigs. Seleccionámos um conjunto de pontos que gostaríamos de apresentar, primeiro em Locke e depois em Burke, e que ilustram passos importantes da sua doutrina, estabelecendo a peculiaridade de um (...) face ao outro. a)Definiremos o que é a Sociedade Civil em contraposição com o Estado Natural, as razões que levam ao seu estabelecimento e o que esta significa em termos do desenvolvimento humano; b)Daí partiremos para a análise do estatuto do sujeito na sociedade; c)Concluiremos com a apreciação do poder de contestação do governo por parte dos cidadãos e da comunidade política e a decorrente diferença de estabilidade do pacto social. (shrink)

Che cosa vuol dire tradurre? Con questa interessante domanda, Umberto Eco inizia la sua riflessione sulla traduzione. Quando si traduce, in gioco non c'è solamente il testo ma un intero mondo possibile; il compito del traduttore è fare un'ipotesi su questo mondo possibile e la traduzione funzionerà meglio tanto più l’ipotesi risulterà plausibile. Per quanto la traduzione sia ben riuscita, non si arriva mai a dire la stessa cosa, si può solo dire quasi la stessa cosa. Tradurre un capolavoro di (...) un’epoca lontana, tenendo presente la filosofia contemporanea, è un modo di rapportarsi alla tradizione, farla propria e rinnovarla. Si possono confrontare alcune traduzioni e discuterne la correttezza filologica e le implicazioni teoriche, prendendo come esempio un brevissimo passo delle Confessioni di Agostino, particolarmente importante e ricco di significati: interrogatio mea intentio mea et responsio eorum species eorum. È significativo non solo il confronto tra diverse traduzioni italiane, ma anche tra alcune traduzioni in lingue diverse dall’italiano. In alcuni casi le traduzioni un po’più libere e audaci, risultano più efficaci rispetto a quelle più semplici e letterali. What does to translate means? With this interesting question, Umberto Eco begins his consideration about the translation. When translating, at stake it is not only the text but an entire possible world; the translator's task is make a hypothesis about this possible world, and if the hypothesis is credible the translation will work well. Although the translation is successful, you never manage to say the same thing, you can only say almost the same thing. Translating a masterpiece of bygone age, keeping in mind the contemporary philosophy, is a way of relating to tradition, make it own and renew it. You can compare a few translations and discuss the correct philological and theoretical implications, taking as an example a very short passage from the Confessions of Augustine, which is particularly important and meaningful: interrogatio mea intentio mea et responsio eorum species eorum. It is significant not only comparing different Italian translations, but also comparing some translations in other languages. Sometimes the translations a bit more free and brave are more effective than the most simple and literal. (shrink)

Louis Bautain (1796–1867) has been described as the “French Newman” because of the resemblances between their lives and writings. This essay compares three aspects of the thought of Newman and Bautain: their respective understanding of faith, reason, and development. Both thinkers understood faith and reason in relation to conversion and the realities of life and viewed faith and reason as functioning in tandem with doctrinal development.

In 1839 and 1840, Newman preached four Oxford University Sermons, which critiqued the evidential apologetics advocated by John Locke (1632-1704) and William Paley (1743-1805) and subsequently restated by Richard Whately (1787-1863). In response, Newman drew upon Whately’s earlier works on logic and rhetoric to develop an alternative account of the reasonableness of religious belief that was based on implicit reasoning from antecedent probabilities. Newman’s argument was a creative response to Whately’s contention that evidential reasoning is the only safeguard against superstition (...) and infidelity. (shrink)

What is compassion? I suggest that it is, as Adam Smith and David Hume once argued, a moral sentiment that is subject to a great many constraints and variations but is nonetheless “natural.” I also consider Nietzsche's rather vehement attack on Mitleid and current social psychological literature on empathy.

There seems to be no end to moralizing about the vices, but there is too little appreciation of them as mere human foibles and an essential part of the “human circus.” There are also serious questions about whether some of the so-called deadly sins are sinful at all.

Too often, since the 19th century, sensitivity is dismissed as mere “sentimentality” in philosophy and in literature. It is charged that sentimentality is distorting, self-indulgent, self-deceptive. I argue that all of these charges are misplaced or themselves distorted and betray a suspicion of emotions and the tender sentiments that is unwarranted.

Do we love for reasons? Most romantics would insist not. In fact, we love despite good reasons not to love. I argue that love necessarily involves reasons. I discuss the problem of loving someone for his or her looks and what I call Plato's Problem, loving only the properties of a person. I end by discussing some dubious and perverse reasons for love.

Spirituality is often dismissed as mere sentimentality. It is also often opposed to science and the scientific worldview, as if the one is anathema to the other. I suggest that spirituality has distinct advantages over religion and is not at all opposed to science or scientific thinking.

Basic Cartesian intuitions are directed at simple natures, not truths; but intuitions are also a foundation for propositional knowledge. There are two basic objectives of this chapter: to show how Descartes gets from intuitions to propositional knowledge, and to show how his solution to this problem structures his thinking on the main issues in Cartesian epistemology. I maintain that the solution to is to be found in the principle if we perceive the presence of an attribute A, there must be (...) an actually existing substance to which A is attributed. This principle gets its clearest expression in the Principles of Philosophy but also appears in the Rules for the Direction of the Mind and in the Meditations where, I argue, it appears in the form of the Rule of Truth. I show how this principle is derived from the cogito, understood both as inference and as intuition, how this principle plays a role in Descartes theory of consciousness and self‐knowledge, in the case for substance dualism, and in the theory of clear and distinct ideas. (shrink)

The leading idea of this chapter is that, for Descartes, intellectual ideas make it obvious what metaphysical category the properties they disclose to the mind fall into but not whether they are actually exemplified; sensations make it obvious whether the properties they disclose to the mind are exemplified but not what their metaphysical category is. This idea is worked out through a discussion of three stages in the development of Descartes's doctrine of the material falsity of sensory ideas, the core (...) concept of his error explanation of the senses. Material falsity is a set of three defects that sensations have in comparison with intellectual ideas, ideas that fully discharge the role, which Descartes assigns to ideas in his philosophical system. The first stage, reflected in Meditation III, identifies material falsity with two defects: nonrepresentation and misrepresentation ; the second stage, reflected in the Reply to Arnauld, identifies material falsity with obscure ideas ; the third stage, reflected in the Principles of Philosophy I, sees the terminology of material falsity disappear and the terminology of clear but not distinct ideas appear. Other topics discussed include a special application of the rule of truth and skepticism. (shrink)

How can a Cartesian idea represent ordinary physical objects? One possibility is that Descartes holds a theory of natural signs according to which ideas, including sensations, represent states of the external world that are correlated with them. I deny that Descartes has a theory of natural signs in this sense, arguing, instead, that our perception of ordinary physical objects is achieved not through ideas, properly speaking, but through a special act of the mind which projects its sensations onto objects in (...) the external world, objects truly represented by ideas of primary qualities alone. This ”projection” comprises referral judgments that account for the characteristic phenomenology of experience of the physical world but in a way that misleads us to think that our ideas bear a resemblance to the underlying metaphysical reality of the physical world. Other issues discussed include Descartes's taxonomy of ideas. (shrink)

Cartesian epistemology comprises three main divisions: an a priori theory, discussed in Chs. 1–3, a psychological theory of error explanations in judgment induced by features of our sense experience discussed in Chs. 4, 5 and 7, and a theory of natural reasons, discussed here. The theory of natural reasons, based on Descartes's notion of natural inclinations, is expressed here in terms of a series of warrant principles of which there are two main kinds: those that warrant action and those that (...) warrant claims for what is true. This chapter traces Descartes's epistemically ambivalent attitude to cognitive dispositions from the early treatment in the Rules for the Direction of the Mind through to the final treatment in The Passions of the Soul. The chapter focuses special attention on the appearance of one kind of natural reason, reasons of truth, in the proof of the external world in Meditation VI and the striking absence of same in the proof of the external world in the Principles of Philosophy II. The chapter also considers whether natural reasons apply to particular aspects of corporeal things, concluding with a discussion of the Cartesian Circle. (shrink)

Dans ce travail, nous tentons de démontrer que l’interrogation merleau-pontienne sur l’art s’ordonne selon trois mouvements spéculatifs distincts et successifs. Dans les années quarante, l’élaboration d’une phénoménologie de la perception conduit Merleau-Ponty à aborder l’art à partir de l’oeuvre d’art et du sujet percevant qui la reçoit, c’est-à-dire du spectateur. Au début des années cinquante, cette phénoménologie de l’oeuvre d’art et de la perception esthétique fait place à une philosophie de l’expression. Le point de départ du questionnement artistique change : (...) il est, non plus le sens exprimé, mais l’acte expressif ou créateur. La signification de l’oeuvre d’art se voit dès lors ressaisie à partir du sens d’être de l’artiste : l’oeuvre est une réponse aux manques perceptifs de l’artiste. À la fin des années cinquante, le cheminement merleau-pontien connaît un tournant ontologique. Merleau-Ponty en vient à régresser en-deçà de l’artiste, vers l’Être même, lequel s’impose finalement comme le créateur véritable. La dernière philosophie de l’art merleau-pontienne prend dès lors les allures d’une traditionnelle philosophie de l’inspiration.In this work, we undertake to demonstrate that the merleau-pontian inquiry into art orders itself according to three distinct and successive speculative movements. In the 1940s, the elaboration of a phenomenology of perception led Merleau-Ponty to approach art starting from the work of art and the perceiving subject who receives it, the spectator. From the beginning of the 1950s, this phenomenology of the work of art and aesthetic perception gave way to a philosophy of expression. The point of departure for artistic questioning changes: it is no longer the meaning expressed, but the expressive or creative act. The signification of the work of art sees itself from this moment understood starting from the meaning of being for the artist: the work is a response to perceptive omissions of the artist. At the end of the 1950s, the merleau-pontian progress of thought experiences an ontological turning. Merleau-Ponty wants to regress below the artist, toward Being itself, which imposes itself finally as the true creator. The last merleau-pontian philosophy of art takes from this moment the aspects of a traditional philosophy of inspiration.In questo lavoro cerchiamo di mostrare come l’interrogazione merleau-pontiana attorno all’arte si dispieghi secondo tre movimenti speculativi distinti e successivi. Negli anni Quaranta l’elaborazione di una fenomenologia della percezione porta Merleau-Ponty a esaminare l’arte a partire dall’opera e dal soggetto percipiente che la fruisce, ossia dallo spettatore. All’inizio degli anni Cinquanta, tale fenomenologia dell’opera d’arte e della percezione estetica cede il passo a una filosofia dell’espressione. Il punto di partenza dell’interrogazione artistica cambia: non è più il senso espresso, ma l’atto espressivo o creativo. Il significato dell’opera d’arte è quindi ricompreso a partire dal senso d’essere dell’artista: l’opera è una risposta alle lacune percettive dell’artista. Alla fine degli anni Cinquanta assistiamo a una svolta ontologica nell’itinerario merleau-pontiano. La ricerca di Merleau-Ponty ci conduce al di qua dell’artista, verso l’Essere stesso, che s’impone infine come l’autentico creatore. L’ultima filosofia dell’arte merleau-pontiana assume i contorni di una tradizionale filosofia dell’ispirazione. (shrink)

La révolution par d’autres moyensLa politique féministe en tant que réinstitution dans la pensée de Merleau-PontyCet essai est une tentative pour surmonter l’impasse qui a été relevée par de nombreuses critiques féministes de Merleau-Ponty, à savoir que sa dernière ontologie bloque certaines perspectives de changement politique. De fait, comme le soutenait Luce Irigaray, l’ontologie de la chair semble être un discours normalisant et totalisant dépourvu de toute différence. « Il n’y a pas d’Autre, écrit-elle, pour garder le monde ouvert ». (...) Étant donné que Merleau-Ponty développe une ontologie qui opère en amont du niveau des personnes et des choses proprement dites, on a souvent supposé prima facie que les projets féqministes, qui cherchent à fournir des fondements pour éliminer l’oppression basée sur le genre, n’y ont rien à faire.Malgré la longue tradition de débat féministe avec la centralisation du corps dans des textes tels que la Phénoménologie de la perception, je cherche ici à rediriger les philosophes féministes vers la dernière ontologie de Merleau-Ponty. Je le fais en lisant son ouvrage politique trop souvent négligé, Les aventures de la dialectique, ainsi que les notes de cours, récemment traduites en anglais, de l’année 1954-1955 sur L’institution et la Passivité. Non seulement, ces textes émergent à un moment critique dans le corpus merleau-pontien, mais encore, ils contiennent des possibilités politiques qui résultent de ce moment particulier. Dans ces textes et à travers eux, je propose une réexamen de l’engagement féministe dans l’oeuvre de Merleau-Ponty, libéré du discours sur le corps et dirigé, en revanche, vers un désir de changement politique enraciné dans le cadre institutionnel que l’on pourrait appeler aussi l’« intermonde ». Pour ce faire, lepremier pas, comme je le montre dans cet essai, est de prendre au sérieux le concept de “revolution” et ses développements dans l’ensemble du corpus merleau-pontien.La rivoluzione con altri mezziLa politica femminista come reistituzione nel pensiero di Merleau-PontyQuesto saggio è un tentativo di chiarire come molte critiche rivolte a Merleau-Ponty da parte del femminismo rischino di condurre in un vicolo cieco. Il problemafondamentale è il seguente: se la tarda ontologia di Merleau-Ponty precluda, o meno, le strade del cambiamento politico. Effettivamente, come Luce Irigaray ha argomentato, l'ontologia della carne sembra essere un discorso tristemente normalizzatore e totalizzatore della differenza. “Non [c'è] nessun Altro,” scrive Irigaray, “capace di tenere il aperto mondo.” Dato che Merleau-Ponty sviluppa un'ontologia che opera al di sotto del livello delle persone e delle cose, molti hanno presunto prima facie che i progetti femministi, che si mettono in cerca di una fondazione in grado di cancellare l’oppressione basata sull’identità di genere, non possano in alcun modo appartenerle.Nonostante l’ormai lunga serie di critiche che il femminismo ha mosso all’accentramento del corpo che Merleau-Ponty opererebbe in testi come Fenomenologia della Percezione, cercheremo in questa sede di reindirizzare il pensiero femminista verso la tarda ontologia di Merleau-Ponty a partire da un suo testo politico largamente trascurato, Avventure della dialettica, e dalle notes de cours del 1954-1955, recentemente tradotte col titolo Istituzione e Passività. Questi testi non solo emergono ad una svolta critica nel corpus di Merleau-Ponty, nel corso della quale egli muove dal primato della percezione alla dimensione dell’istituzione, ma contengono possibilità politiche direttamente derivanti da questo slittamento teorico. È in questi testi e attraverso questi testi che proponiamo di riavviare il dibattito femminista su Merleau-Ponty, mostrando come il pensatore francese risulti, in questa fase della sua opera, libero dai vincoli del discorso sul corpo e incamminato in direzione di un pensiero del cambiamento politico radicato nella struttura istituzionale di quello che potremmo chiamare l’“intermondo.” Il primo passo per fare questo, come mostreremo in questo saggio, consiste nel prendere sul serio il concetto di rivoluzione ed i suoi sviluppiall’interno dell’intero corpus merleau-pontyano. (shrink)

RESUMO O foco de nossa investigação é a relação estabelecida por Hannah Arendt entre o imperialismo e a filosofia política de Thomas Hobbes. Trata-se de investigar como o tema se configura em "Origens do Totalitarismo" e de que modo ele contribui para sua tentativa de iluminar o tempo presente. Nosso primeiro passo será refazer o argumento segundo o qual o imperialismo surge no conflito entre a estabilidade das instituições nacionais e seu desejo de expansão, o que também se configura como (...) um conflito entre a tradição política e a nova ordem econômica. Em seguida, comparando as leituras de Arendt e C. B. Macpherson, exploraremos a controversa analogia que nossa autora estabelece entre o imperialismo e o pensamento hobbesiano. Como resultado, não se encontra no contratualismo hobbesiano um argumento para a constituição de comunidades políticas, mas um modelo de relações humanas que ameaçaria a própria existência de tais comunidades. Concluiremos aventando a hipótese de que a leitura arendtiana do imperialismo indica um caminho para pensarmos a política a partir da noção de impropriedade. ABSTRACT The main theme of our research is the link proposed by Hannah Arendt between imperialism and Hobbes's political philosophy. It is to be inquired how this relation appears in "Origins of Totalitarianism" and how it contributes to her attempt to shed a light on the dilemmas of present time. First, we will resume the argument according to which imperialism arises out of the conflict between the stability of national institutions and its desire for expansion, which also shows itself as a conflict between the political tradition and a new economical order. Then in comparison with Macpherson's reading of Hobbes we must explore the polemical analogy held by Arendt between imperialism and the Hobbesian thought. As a result, Arendt did not recognize in his theory of social contract an argument for the constitution of political communities but a model for human relationships by which the very existence of these communities would be jeopardized. Finally, it will be suggested that Arendt's analysis of imperialism indicates a way to think politics through the notion of impropriety. (shrink)